Vinyasa Yoga

É uma linhagem de Hatha Yoga moderna que surgiu no ocidente a partir das escolas provenientes do professor indiano Krishnamacharya. O estilo traz a conexão de movimento e respiração abordada no Ashtanga Yoga de Patabi Jois e no Viny Yoga de Desikachar, mas com referências ao alinhamento de B.K.S. Iyengar e a possibilidade de uso dos acessórios popularizados por ele (blocos, bolsters, mantas, faixas).

Vinyasa integra asana, pranyama e meditação numa metodologia flexível e criativa. Gosto de chamar minhas práticas e abordagem de Vinyasa Multidimensional, as práticas são, de maneira geral, fisicamente intensas, compostas por momentos mais fluidos e criativos, similares à saudação ao sol, com influências femininas de dança somática e liberação fáscial, e também por momentos com permanência nas posturas (asanas). Essas, quando mais desafiadoras, são ensinadas de forma gradual, em etapas (kramas) e as sequências devem ser orgânicas e possivelmente evolutivas. É comum a inclusão de recitação de mantras, gestos com as mãos (mudras), exercícios respiratórios para domínio do alento corporal (pranayama), além de temas filosóficos e psicosomáticos, que inspiram o praticante de yoga (sadhaka) contemporâneo.

Asanas

A maioria dos asanas que são conhecidos hoje são praticados há menos de 1 século e, apesar de pouco tempo em relação aos primórdios do Yoga, é vasto o intervalo para as alterações já sofridas em termos de alinhamento, sequência de posturas, tempo de permanência, etc.

Segundo o Yoga Sutras de Patanjali, é: "Postura estável e confortável". Segundo o Hatha Yoga Pradipika, "Em primeiro lugar, se expõem os asanas, pois eles constituem o primeiro passo do Hatha Yoga (...)se praticam para conquistar postura, saúde e exibilidade.

O alinhamento diz respeito ao corpo e não ao asana, portanto deve ser autêntico e variável. As posturas tem propósitos diversos, variam de purificação do corpo ao assento meditação. Os asanas mais desafiadores devem ser ensinados em kramas e variações podem ser ofertadas sempre.

Pranayama

Domínio da energia ou alento do corpo, que é chamado de prana. Sendo que prana também é um nome atribuído ao corpo ou camada mais sutil que a parte física estrutural do Ser.

Segundo o Yoga Sutras de Patanjali, é "o controle deliberado da respiração, substituindo padrões inconscientes. É possível somente após um domínio razoável dos asanas" e "envolve 3 movimentos: inspiração, exalação e retenção, seu controle é alcançado modulando a duração dos 3 e sustentando-a por um período de tempo, devem ser longos e uniformes."

Segundo Desikachar, é "o controle consciente e deliberado da respiração, substituindo padrões inconscientes. É possível somente após um domínio razoável da prática de asana.”

Na prática são exercícios respiratórios que alteram a forma e/ou frequência do praticante ventilar a fim de promover purificação, aquecimento, aquietamento, equilíbrio, entre outros efeitos.

Mantras

Mantra é uma palavra derivada de “man”, pensar/estar atento, e “tra”, que sugere uma função instrumental. Ou ainda, deriva de “manana” (pensamento) e “trana” (libertação). O mantra é um pensamento dotado de poder como um instrumento que proporciona à mente a consciência. Na prática, é uma expressão vocal ou som carregado de um poder sagrado psicoespiritual, que conduz a mente à salvação.



Mudras

A palavra deriva de mud, que significa alegrar-se/gozar, porque os gestos dão prazer às divindades e causam dissolução (drava) da mente. Também traduzidos por selos, os mudras são meios de controle da energia do corpo.

As formas que principalmente as mãos e os braços adotam podem imitar rituais, deidades ou seus instrumentos, mas também estão intimamente relacionadas à correspondência dos 5 dedos da mão com os 5 elementos; fogo, ar, éter, terra e água, do primeiro ao quinto dedo das mãos, respectivamente.